Há 31 anos, neste dia 17 de maio, foi o dia em que a homossexualidade deixou de ser considerada uma patologia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir desse dia, a data passou a ser histórica para o Movimento LGBT no mundo todo. A data reforça a celebração da diversidade e fortalece a luta contra o preconceito.
O sufixo “ismo”, dava característica a orientação como condição relacionada a alguma forma patológica, e desde a retirada desse sufixo, o movimento se mantém em alerta no uso do termo “homossexualidade” em detrimento ao termo “homossexualismo”.
Falar do combate, é falar também sobre as formas de violência que vão além das que estão descritas no código penal brasileiro, como crimes ligados não só a rejeição a relações homoafetivas, mas relacionados a comportamentos horríveis de perversidade que desqualifica o outro, apenas por representar algo fora da heteronormatividade.
No Brasil a contradição é verdadeira, porque da mesma forma que se conquistam direitos, que por muitos anos foram negados para a população LGBTQI+, é notório o crescimento dos números de denúncias que só fazem aumentar diariamente o quadro de violência e descriminação.
Um exemplo difícil de esquecer, da crueldade que o ser humano pode alcançar, é o caso Dandara dos Santos. No dia 15 de fevereiro de 2017, Dandara foi espancada por pelo menos dez pessoas, entre adolescentes e adultos, enquanto uma plateia que assistia filmava o crime, em plena luz do dia, ninguém tentou impedir a agressão que terminaria em sua morte. O caso causou indignação no país inteiro e foi mostrado até no exterior. O Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo.
De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas uma pessoa LGBT é morta no país. Segundo a “Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA)”, o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidades de homicídios de pessoas LGBT.
Em 2021, mesmo lutando contra o covid-19, a data não perde sua importância. O que não falta são métodos para se educar, além de que todos merecem respeito independente da orientação sexual. Não precisa ser LGBT para ser um aliado ao movimento.
Fontes: ANF, O Povo, Carta Capital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Além de elogios e contribuições, críticas são sempre bem vindas, desde que seu objetivo seja melhorar o nosso serviço. Fique à vontade e, se for o caso, deixe seu contato para retornarmos assim que possível.