quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Dia da Visibilidade Bi: a história e o apagamento de uma comunidade

Descrição da imagem #ParaTodesVerem - o fundo é das cores da bandeira bissexual, rosa, roxo e azul. No canto superior esquerdo, em branco: "23 de setembro". Centralizado: "Dia da visibilidade bi: a história e o apagamento de uma comunidade". Logo abaixo: "@guerreirosdainclusao"

Em 23 de setembro de 1999, ativistas dos Estados Unidos decidiram cria o Dia da Visibilidade Bissexual, como passou a ser conhecida no Brasil. A data é uma forma de celebrar e visibilizar a diversidade bissexual, além de incentivar o combate a bifobia dentro e fora da comunidade LGBTQIA+.

Exatos 20 anos depois, será que finalmente avançamos em fazer jus ao nome desta data?

A sociedade tem uma resistência a bissexualidade porque ela foge da lógica monossexual que estamos acostumados. Mesmo quem não tem resistências com o tema, normalmente cria concepções equivocadas que não condiz com a realidade da não-monossexualidade. A ativista bi Robyn Ochs, dos EUA, conceitua a bissexualidade como: "o potencial de sentir-se atraída - romântica ou sexualmente - por pessoas de mais de um sexo e/ou gênero, não necessariamente ao mesmo tempo, não necessariamente da mesma forma e não necessariamente nos mesmos níveis".

É sempre bom lembrar que apesar do prefixo bi, a bissexualidade não é binária e inclui todas as expressões de gênero. Dizer o contrário é um dos muitos discursos bifóbicos que se mantém na sociedade, inclusive dentro da comunidade LGBTQIA+.

Pessoas bissexuais lidam com diferentes e diversos tipos de julgamentos e preconceitos, muitos associados ao machismo e a heteronormatividade. Essa comunidade vive com os rótulos de promíscuos, imorais e infiéis. 

A invisibilização da vivência bi não acontece somente pelos comentários bifóbicos. A falta de representatividade e visibilidade nos espaços de decisão contribuem para este apagamento. 

A medida que as discussões, debates e conquista de direitos da comunidade LGBTQIA+ cresce, a onda de ameaças conservadoras também se mantém presentes. A discussão sobre a bissexualidade e a bifobia deve ser uma pauta importante dentro e fora da comunidade LGBT. A ideia da bissexualidade transitória, como fase e indecisão deve ser combatida e todos devem fazer parte da luta.

O IGI apoia a celebração da comunidade bissexual! Em homenagem, segue uma lista de produtos culturais com representatividade bi:

- Brooklyn 99: Detetive Rosa Diaz é uma personagem assumidamente bissexual. 

- Os Sete Maridos de Evelyn Hugo - Taylor Jenkins Reid: o livro se passa nos anos 50, Evelyn é uma atriz bissexual que se apaixona por homens e mulheres durante sua história.

- Lady Gaga: a cantora sempre reafirma sua bissexualidade, além de ser a queridinha da comunidade LGBT.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Dia Internacional da Democracia - 15 de setembro

Descrição da imagem #ParaTodesVerem - sob fundo bege, uma caixa de notificação o de se lê "15 de setembro: dia internacional da democracia". Acima, imagem de pessoas em uma manifestação. Abaixo "@guerreirosdainclusao".


O dia 15 de setembro é considerado o Dia Internacional da Democracia. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, com o objetivo principal de realçar a necessidade de promover a democratização, o desenvolvimento e o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. 

A Assembleia Geral da ONU afirma que a democracia é “um valor universal baseado na vontade, expressa livremente pelo povo, de determinar o seu próprio sistema político, econômico, social e cultural, bem como na sua plena participação em todos os aspectos da vida”.

No Brasil, a Constituição Federal é considerada a guardiã da democracia. Ela assegura a realização das eleições em todos os níveis de Governo para a escolha dos representantes nos poderes Executivo e Legislativo. Assegura ainda a consulta aos eleitores, que pode ser feita por meio de plebiscito, referendo ou pela iniciativa popular, a qual prevê a possibilidade de os cidadãos apresentarem projetos de lei ao Congresso Nacional.

Em 1932, a Justiça Eleitoral foi criada para assegurar o direito ao voto, de forma universal e igualitária. A partir dessa data um caminho difícil e tortuoso foi percorrido, passando pelo Estado Novo (1937-1945), na Era Vargas, onde por oito anos não foi possível votar. Depois desse período, a partir de 1945, o país entrou em um processo de redemocratização e houve a criação do novo Código Eleitoral e a reinstalação da Justiça Eleitoral.

A Carta da República confere à Justiça Eleitoral a competência para adoção de medidas administrativas e judiciais que visem assegurar a participação popular na escolha de seus representantes, legitimando assim o governo do povo, expressão que confere significado ao vocábulo democracia.

O Brasil é o quarto país que mais se afastou da democracia em 2020 em um ranking de 202 países analisados. A conclusão é do relatório Variações da Democracia (V-Dem), do instituto de mesmo nome ligado à Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

Publicado em março de 2021, o documento é um importante instrumento usado por investidores e pesquisadores do mundo todo e do Brasil para definir prioridades de ações globalmente.

De acordo com o índice, no qual 0 representa um regime ditatorial completo e 1, a democracia plena, o Brasil hoje registra pontuação de 0,51, uma queda de 0,28 em relação à medição de 2010, que ficou em 0,79.

O IGI é uma organização da sociedade civil, de defesa de direitos que incentiva todas as pessoas que possam exercer e valorizar o seu direito ao voto. E assim marquem presença nas eleições, todo voto faz a diferença.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Setembro Amarelo: mês da prevenção ao suicídio

 

Descrição da imagem #Paratodesverem - Sob fundo branco, um círculo amarelo centralizado onde está escrito "Setembro Amarelo: mês da prevenção ao suicídio". No canto inferior direito, logo do IGI. A imagem tem vários detalhes gráficos também em amarelo.

No Brasil são registrados mais de 13 mil suicídios todos os anos e mais de um milhão no mundo. Infelizmente, trata-se de uma realidade que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais e sofrimento emocional. 

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza o Setembro Amarelo, campanha de prevenção ao suicídio. O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das agência da Organização das Nações Unidas (ONU). Neste ano, o tema é "Agir salva vidas".

A campanha tem como objetivo prevenir e reduzir esses números, além de sensibilizar a população sobre a prevenção ao suicídio, buscando alertar a respeito da realidade dessa triste prática no Brasil e no mundo. A melhor forma de se evitar um suicídio é por meio de diálogos e discussões que abordem o problema, eliminando o tabu sobre os distúrbios psíquicos e o suicídio.

É importante ressaltar que, segundo a revista científica americana Pediatrics, 62,5% da comunidade LGBTQIA+ já pensou em suicídio e têm seis vezes mais chance de tirar a própria vida em relação aos heterossexuais, isso em razão da exclusão, da violência e da desigualdade que enfrentam em razão da sua orientação sexual e/ou identidade de gênero. A luta pela inclusão e pelo fim do preconceito é urgente.

Vale lembrar que o Centro de Valorização da Vida (CVV) também oferece apoio emocional gratuitamente, de forma voluntária, 24 horas por dia, por telefone 188, e-mail ou chat pelo site da instituição. 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Representante do IGI cobra a gestão de Saúde de Maceió


Descrição da imagem #pratodesverem
Igo Nascimento, representante do IGI, está na tribuna da Câmara dos Vereadores de Maceió, discursando. Ele é um homem negro de pele clareada, cabelos curtos, grisalhos e usa camisa social de mangas compridas azul clara e máscara facial azul. Suas mãos estão unidas, sobre a tribuna, enquanto fala ao microfone.  Acima, à direita da foto, um cronômetro marca 01:36. Abaixo, à esquerda, a janela de Libras.  Ao centro, abaixo, sobre faixa verde "CÂMARA MUNICIPAL DE MACEIÓ. E e seguida, sobre faixa azul "AUDIÊNCIA PÚBLICA 03/09/2021".

Na última sexta-feira (03/09/2021), o representante do IGI, Igo Nascimento, participou da Sessão Pública na Câmara Municipal de Maceió, que trouxe como pauta a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde de Maceió do 1° quadrimestre de 2021.

Foi cobrado da gestão de Saúde de Maceió a falta de infectologista no bloco I do PAN/Salgadinho e a ausência do CastraMovel de Maceió, que não está auxiliando a população e seus animais de estimação. Também o crescimento de animais abandonados pelas ruas de Maceió. E, por fim, foi cobrada uma medida para a superlotação na unidade de saúde da Pitanguinha, que ocorre desde  a remoção dos moradores, comércio e serviços públicos dos bairros Pinheiro e Bebedouro.

Para assistir a audiência pública, é só clicar aqui