segunda-feira, 31 de maio de 2021
Oportunidade de emprego: Instituto Tomie Ohtake - Cósmicas
terça-feira, 25 de maio de 2021
26 de maio - Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: o que precisamos saber sobre a doença
No dia 26 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma. A data foi criada para conscientizar sobre a prevenção e tratamento da doença que é considerada a maior causa de cegueira permanente no mundo, segundo a OMS.
O glaucoma é uma doença degenerativa que afeta o nervo óptico capaz de causar cegueira, se não for tratada a tempo. Existem inúmeros fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, hipertensão arterial, miopia elevada e hereditariedade. Por ser uma doença crônica e sem cura, na maioria dos casos é controlada com tratamento adequado e contínuo. Por isso a importância do diagnóstico precoce, diminuindo as chances de perda da visão.
Após o diagnóstico, o tratamento vai desde a utilização de colírios, que baixam a pressão ocular, a cirurgias e ao uso do laser. A melhor maneira de prevenir o glaucoma é consultar um médico oftalmologista pelo menos uma vez por ano. Sendo uma doença crônica e sem cura, ele pode ser controlado com o uso de medicamentos apropriados que normalizam a pressão intra-ocular e impedem que a doença avance provocando a perda da visão.
A doença, também, é um dos principais motivos da cegueira na infância, ocorrendo em 20% dos casos. O diagnóstico do glaucoma infantil deve ser suspeitado pelo pediatra ainda na maternidade, logo após o bebê nascer, por meio do simples Teste do Olhinho.
Segundo dados da Associação Mundial do Glaucoma, o problema abrange cerca de 65 milhões de pessoas no mundo, sendo responsável por 4,5 milhões de ocorrências de perda total de visão. Outra pesquisa divulgada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma, mostrou que 53% dos entrevistados não sabem que o glaucoma pode causar cegueira irreversível, e 41% não sabem nem do que a doença se trata.
sexta-feira, 21 de maio de 2021
Oportunidade de Emprego: Vaga Analista na Ouvidoria Geral da Fundação Renova (exclusiva para PcD)
O #IGI verificou!
Está aberta vaga para analista na Ouvidoria Geral da Fundação Renova. Trata-se de função de especial responsabilidade, pois irá tratar com os múltiplos assuntos que a Reparação alcança. Temas ligados a proteção social, uso sustentável da terra, qualidade da água, saúde, direitos humanos, enfim, busca-se uma pessoa que tenha capacidade e interesse em lidar com a diversidade temática.
Mas não apenas a diversidade temática, mas também a diversidade humana, pois a pessoa que buscamos irá tratar diretamente com as demandas das pessoas atingidas, ou seja, as e os principais partícipes e destinatários da Fundação cuja missão é promover a plena Reparação da Barragem de Fundão. Esta profissional escutará sotaque mineiro e capixaba, pois a área de atuação vai da foz do rio Doce até o Município de Mariana, local do rompimento da barragem.
Esta vaga é na Ouvidoria Geral, um canal de recebimento das manifestações, individuais e coletivas, originadas destes territórios e destas pessoas, em busca de uma respeitosa e digna da Reparação e compensação.
São esperadas habilidades de comunicação e capacidade de síntese e reflexão, pois parte do trabalho será fazer o tratamento das manifestações recebidas, bem como elaborar relatórios descritivos e analíticos. Não há exigência de formação específica, mas sim de formação superior, ao mínimo nesta função.
São valorizadas experiências de atuação em programas de diálogo, mediação e ouvidoria, mas não é uma exigência. Também a prática tem peso positivo. Não há restrição etária e estimulamos fortemente a diversidade. Remuneração será negociada de acordo com a experiência da candidata.
Inicialmente o trabalho desenvolvido irá ocorrer no modelo teletrabalho, terão prioridades pessoas dos territórios abrangidos e sucessivamente as pessoas da grande Belo Horizonte, mas estimulamos a quem se interessar se inscrever, sejam de que localidade for.
A vaga estará aberta para recebimento de currículos até dia 25 de maio, pelo e-mail elisangela.ferreira@gruposelpe.com.br onde a pessoa terá a oportunidade de conhecer os procedimentos e documentação exigida.
Esta é um vaga destinada exclusivamente as pessoas com deficiência (PcD), que além das habilidades descritas irá aportar o desafio da inclusão e igualdade.
segunda-feira, 17 de maio de 2021
17 de maio - Dia Internacional do Combate a LGBTfobia
Há 31 anos, neste dia 17 de maio, foi o dia em que a homossexualidade deixou de ser considerada uma patologia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A partir desse dia, a data passou a ser histórica para o Movimento LGBT no mundo todo. A data reforça a celebração da diversidade e fortalece a luta contra o preconceito.
O sufixo “ismo”, dava característica a orientação como condição relacionada a alguma forma patológica, e desde a retirada desse sufixo, o movimento se mantém em alerta no uso do termo “homossexualidade” em detrimento ao termo “homossexualismo”.
Falar do combate, é falar também sobre as formas de violência que vão além das que estão descritas no código penal brasileiro, como crimes ligados não só a rejeição a relações homoafetivas, mas relacionados a comportamentos horríveis de perversidade que desqualifica o outro, apenas por representar algo fora da heteronormatividade.
No Brasil a contradição é verdadeira, porque da mesma forma que se conquistam direitos, que por muitos anos foram negados para a população LGBTQI+, é notório o crescimento dos números de denúncias que só fazem aumentar diariamente o quadro de violência e descriminação.
Um exemplo difícil de esquecer, da crueldade que o ser humano pode alcançar, é o caso Dandara dos Santos. No dia 15 de fevereiro de 2017, Dandara foi espancada por pelo menos dez pessoas, entre adolescentes e adultos, enquanto uma plateia que assistia filmava o crime, em plena luz do dia, ninguém tentou impedir a agressão que terminaria em sua morte. O caso causou indignação no país inteiro e foi mostrado até no exterior. O Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo.
De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas uma pessoa LGBT é morta no país. Segundo a “Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA)”, o Brasil ocupa o primeiro lugar nas Américas em quantidades de homicídios de pessoas LGBT.
Em 2021, mesmo lutando contra o covid-19, a data não perde sua importância. O que não falta são métodos para se educar, além de que todos merecem respeito independente da orientação sexual. Não precisa ser LGBT para ser um aliado ao movimento.
Fontes: ANF, O Povo, Carta Capital
quinta-feira, 13 de maio de 2021
A escravidão realmente acabou?
No dia 13 de maio de 1888, uma mulher branca, europeia,
protagonizaria a história da luta negra no Brasil. Por muito tempo a história
nos ensinou que a Princesa Isabel acabou com a escravidão. Mas será que acabou
mesmo? Passaram-se 133 anos da Lei Áurea, e ainda convivemos com práticas e
condições de trabalho que vão contra a dignidade humana.
Essas práticas assumem diversas formas, como a servidão por
dívidas, o alojamento em ambiente em condições degradantes, o confinamento no
espaço de trabalho e proibição de livre deslocamento, o castigo físico, entre
outras práticas desumanas.
Segundo o Ministério da Economia, entre 1995 e 2020, no
Brasil, mais de 55 mil pessoas foram libertadas de condições de trabalho
análogas à escravidão. São, em sua maioria, migrantes principalmente do Norte e
Nordeste do país, ou imigrantes e refugiados que deixaram suas casas em busca
de novas oportunidades e são absorvidos pela construção civil, indústria têxtil
e monoculturas como a cana-de-açúcar.
O ano de 2020 e a pandemia do Covid-19 agravaram ainda mais
as desigualdades e violações, principalmente com relação aos imigrantes ilegais
e refugiados. A começar pela própria doença, pois ainda não existem dados
precisos do quanto esse grupo foi afetado pelo vírus, uma vez que a
nacionalidade não é um dos itens obrigatórios de preenchimento da declaração de
óbito e do documento de autorização de internação hospitalar.
A situação foi denunciada por médicos e especialistas, pois
impedia que os estrangeiros fossem incluídos nos planos nacionais de resposta a
emergências da covid-19 no Brasil. Em maio de 2020 foi feita a inclusão da
população migrante nos planos de prevenção e enfrentamento à doença por uma
recomendação do Relator Especial sobre os Direitos Humanos dos Migrantes da
ONU.
Em outubro surgiram as primeiras respostas. A partir de dados
sobre Mortalidade, o Ministério da Saúde chegou a 2950 notificações de
infecções pela covid-19 em estrangeiros até o final de julho de 2020.
Uma outra questão precisa ser evidenciada: em outubro, um
levantamento organizado pela Repórter Brasil, a partir dos registros de
fiscalizações do Ministério da Economia, revelou que 93,1% das mulheres
resgatadas de situações de trabalho análogo à escravidão na capital paulista
são imigrantes.
A pandemia confinou as famílias ainda mais nas oficinas,
trabalhando por mais de 14h por dia e recebendo menos que um salário-mínimo.
Uma investigação da Folha de São Paulo mostrou que costureiras imigrantes
estavam recebendo até R$0,05 por máscara confeccionada.
Se o trabalho em condições análogas à escravidão era comum
antes da pandemia, a queda da economia e a demanda intensiva de produção de
proteção, como as máscaras, aumentou ainda mais a já precarizada massa de
trabalhadores imigrantes, com consequências ainda mais graves para os que estão
em situação ilegal.
O Disque 100 é um serviço que deve ser acionado caso se
tenha conhecimento ou seja vítima de trabalho em condições análogas à de
escravidão. É mantido pelo Governo
Federal e que recebe, analisa e encaminha denúncias de violações de direitos
humanos aos órgãos de proteção. Funciona diariamente, 24 horas por dia,
incluindo sábados, domingos e feriados. A ligação é gratuita e pode ser feita
de qualquer telefone, fixo ou móvel.
Além de denunciar os casos, é necessária ir além sobre a situação dos migrantes no Brasil. Inclusive os que se encontram no país em condições ilegais e os refugiados, situações de vulnerabilidade extrema. Segundo a OIT Brasília, as trabalhadoras e os trabalhadores libertados, em sua maioria, deixaram suas casas para regiões de expansão agropecuária ou para grandes centros urbanos, em busca de oportunidades ou atraídos por falsas promessas. Retirá-los da situação de escravidão, mas sem estruturar ações inclusivas e que contribuam para o seu recomeço é enfrentar apenas parte do problema.
Fontes: Hypeness, Brasil de fato, ILO