sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Dia 28 de Janeiro - Dia Nacional da Visibilidade Trans

 

Descrição da imagem #ParaTodesVerem - card nas cores da bandeira trans: faixa azul claro, acima; faixa branca, ao centro; e faixa azul claro, abaixo. Sobre o card, acima, em branco “29 DE JANEIRO”. Ao centro, em azul escuro, margeado por duas linhas brancas, acima e abaixo, “DIA NACIONAL DA VISIBILIDADE TRANS”, a baixo, em branco, “@GUERREIROSDAINCLUSAO”



Nessa sexta-feira, 29 de janeiro, é marcada pelo Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data foi estabelecida em 2004 para lembrar o dia em que pessoas trans e travestis foram à Brasília, pela primeira vez em ato organizado para lançar a campanha "Travesti e Respeito". Diariamente, lutam pelo respeito e acesso a direitos básicos como acesso às políticas de saúde pública e ao mercado de trabalho. 

Somente em meados de 2018, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a transsexualidade do capítulo referente aos transtornos mentais e comportamentais da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID). 

O termo transsexual foi criado na primeira metade do século 20, a princípio como uma palavra de uso médico, para denominar as pessoas que não se identificavam com o seu sexo biológico e com o respectivo gênero que lhe era imposto.

De lá para cá, surgiu o movimento trans, que ampliou esse debate, passando a lutar pelo reconhecimento e direitos das diferentes existências fora da conformidade de gênero.

Para entender o termo trans, é preciso aprender, também, a definição do termo cis. Uma pessoa cisgênero é aquela que vive sob conformidade de gênero. Ou seja: é quem se identifica com o gênero que lhe foi designado na sua nascença, de acordo com seu sexo biológico.

Sendo assim, ser trans, transgênero, transexual, é quando não há conformidade de gênero. Isto é: quando o gênero designado não condiz com o que a pessoa se identifica e destoa do sexo biológico. 

E qual é a diferença entre transgênero, transexual e travesti? E o termo não-binárie? Você conhece?

A princípio, o termo transexual era somente reconhecido para que as pessoas se identificassem como mulher ou homem trans. Hoje em dia, porém, empregamos a palavra com mais exclusividade para pessoas trans que passam por tratamentos e cirurgias de redesignação de gênero.

Ou seja, é transsexual quem faz adequações no próprio corpo por conta da chamada disforia de gênero – que é o desconforto por não reconhecer na forma física sua verdadeira manifestação de gênero.

A palavra transgênero procura ser um guarda-chuva que agrupa toda a pluralidade do que é ser trans.  Ou seja, toda pessoa que não pertence ao termo cis, é trans. Para além de ser homem ou mulher trans, é possível reconhecer que gênero é um espectro fluido e que não deve ser restringido por convenções sociais.

A partir dessa compreensão, criaram-se termos como não-binário, muitas vezes escrito e dito como não-binárie, para não dar uma conotação nem masculina, nem feminina. As pessoas não-binárias são aquelas que não se identificam com os gêneros binários (homem ou mulher) convencionados socialmente. Isso significa que elas ou se veem entre os dois, ou transitam entre eles, ou ainda existem sob outras formas de expressão.

O termo travesti engloba pessoas que têm uma identidade de gênero feminina, mas que não se entendem como mulheres trans. É uma manifestação de pessoas que tiveram o gênero masculino designado no nascimento, mas descobriram em si essa força feminina que forma sua identidade.
Por vezes, a definição de travesti está na forma de se apresentar socialmente, adotando práticas, comportamentos e vestimentas que são associadas ao sexo feminino, mas sem promover alterações estéticas significativas no corpo, de modo a feminilizá-lo, ou seja, sem promover tratamentos e cirurgias para redesignação.

A temática é complexa e mesmo entre as próprias pessoas LGBTQIA+ há diferentes interpretações.  Assimilar todos esses termos pode ser difícil. Tenha paciência e procure se manter aberto para os diferentes debates. Mais do que isso, e acima de tudo, respeite a forma como uma pessoa fala que se identifica e a forma que ela se apresenta socialmente. Lembre-se: as discussões sobre os empregos das diferentes palavras cabe à comunidade trans.


Fontes: 
https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/29-de-janeiro-e-dia-da-visibilidade-trans1#:~:text=Esta%20terça-feira%2C%2029%20de,as%20pessoas%20travestis%20e%20transexuais.
https://zenklub.com.br/blog/autoconhecimento/transsexual/

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